Home / Curiosidades Literárias / O Livro Mais Caro Já Vendido

O Livro Mais Caro Já Vendido

Qual é o Livro Mais Caro Já Vendido?

Uma pergunta intrigante catalisa nossa curiosidade: qual é o livro mais caro já vendido no mundo? Ao mencionarmos obras literárias inestimáveis, nossa mente pode automaticamente divagar para edições de grandes clássicos ou manuscritos de tempos antigos. Entretanto, o destaque na história da literatura e dos leilões vai para uma obra que surpreendentemente salta à frente de todas as outras em termos de preço e valor histórico: o Códice Leicester, de Leonardo da Vinci. Este manuscrito, vendido por $30,8 milhões em 1994, não é apenas um livro; é um compêndio das ideias do grande mestre renascentista, um relicário de seu genial pensar sobre ciência, arte e o mundo natural. Esta venda histórica aconteceu em um leilão da Christie’s, onde o comprador foi ninguém menos que Bill Gates. Mas o que torna este livro tão excepcional e merecedor de tal valor exorbitante?

O Fascínio do Códice Leicester

O Códice Leicester é uma coleção de escritos de Leonardo da Vinci que abrange temas como astronomia, a relação entre a Terra, a Lua e o Sol, a reflexão de luz em objetos e propriedades da água. É uma janela para a mente do inventor, artista e cientista, abrangendo 72 páginas de seu distinto espelhamento de escrita, uma técnica que Leonardo usava para proteger suas invenções e teorias. A importância desta obra não reside apenas em seu conteúdo, mas também em seu autor. Leonardo da Vinci é um dos nomes mais respeitados na história da humanidade, e qualquer trabalho que leva sua assinatura tem um peso histórico monumental.

Ano Valor Vendido Comprador
1994 $30,8 milhões Bill Gates
2000 $20 milhões David Rubenstein
1980 $5,39 milhões Paul Allen
2021 $25 milhões Lu Xun

A tabela acima destaca alguns dos livros mais caros já vendidos, com o Códice Leicester liderando a lista. As vendas refletidas nessa tabela não apenas simbolizam o valor financeiro, mas também a perpetuação do conhecimento e prezar pelo legado cultural e histórico.

A Trilha Histórica do Códice Leicester

Desde sua criação por Leonardo entre 1506 e 1510, o Códice Leicester passou por diversas mãos antes de se tornar o livro mais caro do mundo. Anteriormente conhecido como “Códice Hammer”, o manuscrito deve seu nome atual ao Conde de Leicester, Thomas Coke, que adquiriu o documento em 1719. Coke preservou e manteve o documento até que ele fosse vendido novamente em 1980 por quase $5,39 milhões ao empresário Armand Hammer. Posteriormente, em 1994, Bill Gates comprou o Códice por uma soma exorbitante, simbolizando assim não apenas a paixão por relíquias históricas, mas também por inovação e ciência.

“Um livro é um espelho: se um macaco olha para dentro, não há como um apóstolo olhar para fora.” — Georg Christoph Lichtenberg

É intrigante ponderar com base nesta citação o que um gênio como Da Vinci teria visto em sua própria alma refletida nas páginas do Códice. Afinal, não é meramente o tratado científico da época, mas uma visão metafórica do mundo através dos olhos de um inquisidor sem paralelo.

A Importância Cultural e Científica do Códice

A aquisição do Códice Leicester por alguém com a visão de processamento de dados e informação como Bill Gates também levanta questionamentos sobre a interseção entre tecnologia e arte, ciência e manuscritos. Por ocasião da compra, Gates anunciou seu plano de digitalizar o Códice, tornando suas páginas acessíveis a um público global e perpetuando sua essência renascentista como nunca antes. É uma fusão de antigos conhecimentos com modernas tecnologias que não apenas preserva, mas dá vida nova a conceitos seculares.

Outros Livros de Valor Inestimável

Embora o Códice Leicester esteja no topo do ranking em termos de valores monetários, existem outros livros que também são extremamente valiosos, cada um carregando sua própria importância cultural e literária:

1- O “Livre Vermelho” de Mao Zedong, vendido por $49,1 milhões.
2- A Bíblia de Gutenberg, cujo valor chega a $5,4 milhões.
3- As “Histórias de Canterbury” de Chaucer, vendidas por $7,5 milhões.

Essas obras, junto do Códice, representam mais do que palavras em um papel; são a síntese do espírito inventivo e do desejo humano de eternizar conhecimento.

Os Bastidores das Vendas de Livros Caros

Quando um livro de tal valor é colocado à venda, todo o processo é envolto em um misticismo peculiar. Não se trata apenas de um leilão tradicional, mas de um evento que exige preparação meticulosa e uma audiência global. Universidades, colecionadores particulares e instituições são frequentemente os principais participantes desses leilões por compreenderem o valor eterno de tal aquisição.

A Relevância Contemporânea de Manuscritos Antigos

A aparente obsessão contemporânea por livros de valor inestimável também reflete um desejo de enraizar modernidade com história. Manuscritos como o Códice não apenas nos iluminam sobre o legado de invenção e criatividade do passado, mas também incitam novas gerações a interpretar esses tesouros através das lentes do progresso e do futuro.

FAQ – Dúvidas Comuns

Por que o Códice Leicester é tão valioso?

A combinação de autor, conteúdo cientificamente avançado para seu tempo e o status de relíquia histórica contribui para seu valor.

Como Bill Gates preserva o Códice Leicester?

Gates digitalizou o documento e, ocasionalmente, empresta-o para exibições públicas em museus ao redor do mundo.

Quem foi o primeiro proprietário do Códice Leicester?

O Códice foi primeiramente propriedade do Conde de Leicester, Thomas Coke, comprado em 1719.

O Códice Leicester é exibido publicamente?

Sim, é exibido periodicamente em exposições para que o público possa apreciar a obra de Leonardo da Vinci.

Qual o impacto da venda de livros caros no mercado de arte?

Essas vendas elevam o mercado de arte, pois destacam o valor dos manuscritos históricos e sua relevância contínua na cultura contemporânea.

Conclusão

A venda e posse de livros inestimáveis como o Códice Leicester não só celebram o valor histórico e cultural, mas também o impulso humano em preservar conhecimento e arte. O investimento em tais obras transcende o aspecto financeiro, revelando o desejo perene de descobrir, entender e transmitir sabedoria ao longo das gerações. Livros raros continuam a ser testemunhas silenciosas da história, enquanto a preservação e valorização de tais obras ilustram a fascinante interseção de passado e futuro.

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *